O Sr. Varejão, que tinha um comércio de venda de bebidas em grosso localizado na Praça Jorge Aleixo, era totalmente desorganizado em relação ao fisco. Não tinha uma só anotação nos seus livros contábeis e nunca pagou um centavo de imposto.
Lula Ramos, proprietário da “ GRACIOSA “, loja que vendia de tudo um pouco, tinha feito uma grande encomenda de capelas de defunto para o dia de Finados que se aproximava. Chegada a mercadoria e sem ter espaço para armazená-la em sua casa comercial, Lula Ramos pediu a Varejão para guardá-la em seu depósito que era muito grande, no que foi prontamente atendido pois eram amigos de confidentes de longas datas.
Um dia depois, os fiscais da Fazenda Estadual (antiga Coletoria) fizeram uma visita de surpresa ao estabelecimento comercial de Varejão e exigiram todos os livros fiscais, entrada e saída de mercadorias, porque sabiam que a sonegação de impostos era grande.
E agora ? Varejão endoidou ! Procurou um escritório de contabilidade da cidade e foi aconselhado a dizer que os livros tinham sido queimados em um incêndio. Voltou a estabelecimento comercial, juntou tudo que era papel e livro, esperou a chegada da madrugada e ... tocou fogo em tudo ! Só não esperava que o fogo se alastrasse rapidamente e atingisse as capelas que Lula Ramos tinha guardado com tanto carinho para vender no dia de Finados. Mais de 500 capelas tinham sido devoradas pelo fogo !
Prejuízo total para Varejão que perdeu toda a sua bebida que pipocava como rojão ao ser atingida pelo fogo, para Lula Ramos que perdeu de ganhar um bom dinheiro e para todas as pessoas que não puderam homenagear seus mortos com uma capela naquele ano !
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