Antes do aparecimento dos relógios digitais, muitos falsificados e de baixo preço, o relógio de pulso era um artigo de luxo. Ostentá-lo, muitas vezes banhado em ouro, era sinal de riqueza, de status social.
Coco Podre, apelido de Antonio Pedro, tinha um enorme desejo de ter um daqueles relógios bonitos, de preferência do pulso direito, o que daria mais charme. Mas, se não tinha nem dinheiro pra comer, como poderia comprar um relógio?
Certo dia, e sabendo do desejo de Coco Podre, um comerciante local lhe entregou um relógio que já não tinha mais conserto. Eufórico, Coco colocou o relógio e saiu desfilando pela cidade.
Não tirava o relógio nem para tomar banho ( o que era raro...).
No sábado, colocou o relógio e saiu desfilando pela cidade, sempre levantando a mão direita para mostrar a todos a grande relíquia.
Passando pela Praça da Conceição, Zé Antonio, proprietário da Loja A GRACIOSA perguntou a Coco Podre:
- Ô Coco, que horas são?
- Zé, meu relógio está quebrado.
E Zé Antonio respondeu:
- Se está quebrado, não adianta...
- É Zé, não ADIANTA mas também não ATRASA ....
